PACTO PELA RESTAURAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA

No Brasil, boa parte do desenvolvimento econômico e social dos últimos 200 anos ocorreu na Mata Atlântica, explicando o fato de o bioma ter perdido 93% de sua de área original e ser lar para mais de 100 milhões de pessoas. Apesar da intensa devastação, a Mata Atlântica é um grande repositório de biodiversidade, e ainda, é responsável pelo abastecimento de água para milhões de brasileiros. A restauração florestal é, portanto, uma estratégia fundamental para ampliar a conectividade entre os remanescentes florestais, assegurando, assim, a possibilidade da conservação em longo prazo da biodiversidade e a manutenção e recuperação dos serviços ambientais que essa floresta fornece.

Durante um período de quase três anos várias organizações resolveram construir uma visão de longo prazo para transformar a paisagem da Mata Atlântica por meio da restauração florestal em larga escala e, com isso, garantir uma qualidade de vida sustentável para mais de 100 milhões de pessoas que hoje dependem dela para a sua sobrevivência.

Em abril de 2009 foi publicamente lançado o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. O Pacto tem como visão integrar pessoas e instituições para restaurar a Mata Atlântica em larga escala, em paralelo com os esforços de conservação de seus remanescentes, promovendo simultaneamente a conservação da biodiversidade, a geração de trabalho e renda, a manutenção e o pagamento pelos serviços ambientais, além da adequação legal das atividades agropecuárias.  Ou seja, o Pacto está baseado nos três pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental.

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O Pacto está hospedado institucionalmente no Instituto Amigos da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (Secretaria Executiva) e até o presente momento já possui mais de 130 instituições-membro, entre ONGs, Colegiados, Empresas, Governos e Centros de Pesquisa.  Além dos seus membros que representam os mais diversos setores, o Pacto é gerido por um Conselho, uma Secretaria Executiva e Grupos de Trabalho (GTs) temáticos formados por indivíduos das organizações membros do Pacto que atuam nas áreas de Comunicação e Marketing, Técnico-Científico, Informação e Monitoramento, Políticas Públicas e Captação de Recursos.

A meta do Pacto é restaurar 15 milhões de hectares até 2050, sendo que serão definidas metas anuais de monitoramento e disseminação dos resultados.  No seu lançamento oficial, foram lançados e divulgados diversos produtos: o Referencial dos Conceitos e Ações de Restauração Florestal, o qual é considerado o estado da arte do atual conhecimento sobre ações de restauração na Mata Atlântica; o Mapa de Áreas Potenciais para Restauração Florestal na Mata Atlântica, que identificou mais de 17 milhões de hectares de áreas degradadas e de baixa aptidão agrícola para restauração; e o Website site do Pactowww.pactomataatlantica.org.br, que além de disponibilizar as publicações acima para download gratuito, traz também o sistema de cadastramento de todos os esforços voltados à restauração na Mata Atlântica, e reúne informações sobre o Pacto e o bioma em português e em inglês.

Os principais objetivos do Pacto para os próximos anos são o cadastramento, monitoramento e disseminação dos esforços de restauração da Mata Atlântica, e a capacitação / treinamento dos atores envolvidos em ações de restauração, geração e disseminação de conhecimento e tecnologia, promoção da troca de experiências e informações entre os esforços de restauração, engajamento de parceiros e colaboradores, e captação e mobilização de recursos para iniciativas de restauração na Mata Atlântica.

Desde a sua formalização em abril de 2009, o Pacto tem dedicado sua energia e recursos no engajamento de novos membros, na captação de recursos para prover uma estrutura mínima de funcionamento, na construção do plano estratégico para definição dos objetivos de curto e longo prazo, na divulgação do Pacto a nível nacional e internacional, na participação em definição de políticas públicas, na mobilização de recursos para ações de restauração, na melhoria no conteúdo do website e finalização do sistema de cadastramento online das iniciativas de restauração e na elaboração de mapas de áreas prioritárias para restauração baseados na geração de serviços ambientais.

Faça como a RBMA e apóie o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica!

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