Baixo sul tem potencial para e ampliar seu desenvolvimento sócio econômico.

28/04/2015 17:13

 

o Território do Baixo Sul ficou entre os seis primeiros territórios homologados no Estado da Bahia, com o encaminhamento de projetos específicos. Como prioridade de projetos para investimento em infraestrutura PROINF, encaminhados via MDA, o colegiado definiu como demanda a verticalização da produção, especificamente na cadeia produtiva do guaraná. Desta forma foi encaminhado um projeto de construção de uma fábrica para beneficiamento do guaraná, sediada no município de Nilo Peçanha, com o objetivo de atender a todos os agricultores com produção de guaraná do território, devendo ser gerida também pelos proprios agricultores familiares e suas organizações.

 Encontrando-se a mesma com dificuldades para funcionamento tanto pela dificuldade em garantir mecanismos de organização nas diferentes etapas e gestão pelos agricultores familiares e suas organização, inexperiência no setor e principalmente não ter sido planejada tecnicamente com projeto inadequado para o que estava proposto. Sendo desta forma inaugurada e até hoje ainda sem funcionamento, sendo necessário projeto de readequação das instalações e equipamentos. Posteriormente ainda com foco na estratégia de verticalização da produção foi priorizado pelo colegiado a criação de um sistema de aproveitamento de Frutas. Sendo proposto para no PROINF uma central de Beneficiamento e Padronização de Frutas a ser instalada em Ituberá e quatro unidades de beneficiamento de frutas a serem instaladas nos municípios de Camamu, Valença, Presidente Tancredo Neves e Wenceslau Guimarães. Ainda nesta lógica foram articulados projetos via emendas parlamentares, como; uma estrutura de apoio a comercialização, contendo uma câmara fria; uma loja de exposição dos produtos do Território;

O  plano que se contraponha às propostas do governo enfrentará resistências e oposição de toda ordem, inclusive de poderosos segmentos sociais da própria região, que enxergam no grande empreendimento a única via para resgatar a economia local do seu processo entrópico, vinculado à decadência da lavoura cacaueira. Por isso, os limites deste documento são bastante claros. Ele visa servir de subsídio para que se estabeleça um debate a respeito de um projeto de desenvolvimento sustentável.

A viabilidade desse projeto depende, no entanto, do apoio que ele possa angariar, a ponto de se estabelecer, se não uma hegemonia política, mas um amplo consenso entre segmentos populacionais comprometidos com o desenvolvimento sustentável, em torno dos seus objetivos. É necessário reconhecer que, nesse momento, o jogo não é favorável a uma visão que se contraponha ao que vem sendo alardeado

A conferência estadual de 2013 deve manter e aprimorar os procedimentos de ausculta das conferências anteriores, mas ela necessita ser um lugar de elaboração conjunta das políticas culturais, que irão nortear a atuação do estado nos próximos anos.

Grades potencialidade são encontrada na região do Baixo sul, no ano de 2004, ocorreu a primeira oficina do Território Baixo Sul no município de Valença, já como território homologado, com a seguinte composição de municípios: Tancredo Neves, Teolândia, Taperoá, Nilo Peçanha, Cairu, Camamu, Valença, Ituberá, Igrapiúna, Wenceslau Guimarães, Gandu, Piraí do Norte, Jaguaripe, Aratuípe e Maraú, totalizando quinze municípios. Nessa oficina foi então criado o Grupo Gestor Territorial - GGT para coordenar e decidir sobre as questões.  A costa do Dendê é muito rica e suas várias dimensões: econômicas ambientais, sociais e cultuais.

Na região possuem Espécies Introduzidas como: Café, guaraná, abacaxi, abacate, abio roxo, abio amarelo, açaí, acerola, quarana, aipim, banana prata, banana da terra, inhame, coentro, capim guatemala, canela, cupuaçu, coco, caju, cana-de-açúcar, capim elefante, erva santa, fruta de conde, gengibre, graxa, gindiba, graviola, jabuticaba, jacarandá, jatobá, jaca, jambo, limão, mangostão, maracujá, mandioca, noz moscada, oiti, pimenta malagueta, paineira, pupunha, pimenta cominho, urucum. Espécies que já estavam na área e/ou espécies espontâneas Paparaíba,  embaúba, fidalgo, araçá mirim, janaúba, ingazeiro, pindaíba, eritrina, caiçara, matataúba, jurubeba branca, cacau, cravo, imbira-jangada, louro, tucum, capeba. eritrina, caiçara, matataúba, jurubeba ,   dentre outros produtos importantes, Também nossa região tem grande potencial turístico e tem grandes empreendimentos hoteleiros. Há diversas fabricas em toda região e há possibilidades e potencialidades para desenvolvimento, emprego e renda.

 

Entendendo-se que através do NE e dos eixos de trabalho pode-se melhor potencializar e dinamizar o andamento da articulação territorial, sendo que O NE organiza-se a partir de reuniões mensais e o eixo de acordo com a dinâmica especifica determinada pelos agentes sociais que os compõe, com acompanhamento do NE. Além da assessoria de consultor da SDT, diálogos constantes com a Coordenação Estadual dos Territórios da Bahia (CET) e articuladores territoriais. Desde a sua criação o colegiado vem se demonstrando como um importante espaço de diálogo, possibilitando o planejamento participativo do desenvolvimento sustentável da região.

Buscando levar em conta os diferentes olhares, se constituindo como espaço legítimo de planejamento, encaminhamentos e investimentos a partir do diálogo e concertação entre o poder público e sociedade civil. Possibilitando a construção do desenvolvimento sob o olhar e protagonismo dos agricultores familiares, suas organizações e parceiros que vem sendo a “mola” principal do Território Baixo Sul. Fomentando e discutindo no território alternativas de desenvolvimento, baseados nos princípios da inclusão, respeito e convivência ambiental e participação popular.

De acordo com  sentimento predominante em segmentos da sociedade civil da região Sul da Bahia, este ingente projeto não possui as características básicas que o tornem sustentável do ponto de vista social e ambiental. Pelo contrário, a construção de um porto oceânico em uma das áreas mais ricas em biodiversidade do país, que concentra ¾ dos remanescentes da Mata Atlântica do Nordeste e que possui uma formação histórica e econômica singular, por certo, se constituirá em um forte vetor a acelerar o processo de degradação ambiental e social que a região vem passando, mormente após a crise da sua principal atividade econômica, a lavoura do cacau Desde então, os produtores rurais de mandioca, palmito, criadores de tilápia e artesãos passaram a receber assistência técnica e apoio para a produção e comercialização, através da estrutura- ção de cooperativas: COOPATAN (Cooperativa dos Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves), COOPALM (Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia – Sede em Igrapiú- na), COOPRAP (Cooperativa das Produtoras e Produtores Rurais da APA do Pratigi – Sede em Nilo Peçanha) e COOPEMAR (Cooperativa Mista de Marisqueiros, Pescadores e Aquicultores do Baixo Sul da Bahia – Sede em Ituberá) .

Em 2010, A COOPALM conquistou o Prêmio Cooperativa do Ano 2010 (categoria: Gestão da Qualidade) e, também, a autorização para uso dos selos Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Ministério do Desenvolvimento Agrá- rio) e Agricultura Familiar da Bahia (Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária). Os resultados alcançados no Baixo Sul da Bahia revelam que o modelo adotado para o projeto de desenvolvimento regional contém os princípios básicos para se construir em outros territórios da Bahia ou do país, modelos semelhantes capazes de melhorar a vida das pessoas e contribuir para a preservação dos recursos naturais.

A microregião de Valença e situa-se no litoral do Baixo Sul, parte norte da região cacaueira da Bahia. Ocupa uma área de 759 km2, localizada ao sul da referida microregião na faixa litorânea. Faz limites com os municípios de Maraú, ao sul, Ibirapitanga, a oeste e Igrapiúna, ao norte. Distante 335 Km de Salvador, 183 Km de Itabuna e 72 Km de Valença, sede da microregião.

A fisiografia é do tipo climático úmido, com precipitação pluviométrica média anual de 2.583 mm (CEI 1991). O relevo é constituído de tabuleiros e planaltos costeiros. A vegetação é formada de restingas, mangues e florestas da Mata Atlântica, sendo possível ainda encontrar remanescentes em áreas onde o acesso é mais difícil. No contexto da diversificação de culturas, destacam-se as lavouras de cacau (Theobroma cacao L.), dendê (Elaris guineensis L.), cravo (Caryophillus aromaticus L.), guaraná (Paullinia cupuna M.), banana (Musa sapientium L.), seringa (Hevea brasiliensis) e pimentado-reino (Piper nigrum L.). Dentre as culturas de subsistência, merecem destaque o feijão (Phaseolus vulgaris L.), o milho (Zea mays) e a mandioca (Manihot spp.). Esta última também tem importância na economia familiar pela produção e venda da farinha.

Nesse sentido, tanto a análise técnica como as atividades de planejamento consideraram a existência de três cadeias produtivas no território a partir do conhecimento prévio da região, que sugeria que o fluxo de produção se distribui espacialmente em três áreas. Em cada uma delas, parte das comunidades se articula em torno de um dos polos pesqueiros, ou seja, com aqueles municípios melhor estruturados em termos de oferta de serviços: Camamu, Taperoá/Ituberá e Valença.

 

 Referencias:

https://sit.mda.gov.br/download/ptdrs/ptdrs_qua_territorio021.pdf

https://www.observatorio.ufba.br/arquivos/desenvolvimento.pdf

https://www.seagri.ba.gov.br/sites/default/files/3_comunicacao03v9n1.pdf

https://aspta.org.br/wp-content/uploads/2011/11/artigo-5.pdf

https://conferenciadecultura.files.wordpress.com/2013/07/cartilha_baixo_sul_web.pdf

https://www.mma.gov.br/estruturas/pda/_publicacao/51_publicacao12012011110304.pdf